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Mudanças climáticas e as ondas de calor: como devemos nos proteger?

O calor e as condições do corpo podem gerar sintomas no organismo que podem até ser fatais

vecstock (gerado por IA)
Foto: Vecstock

O assunto das mudanças climáticas não é algo novo. Segundo a Comissão de Obesidade do The Lancet, renomada revista na área da saúde, as mudanças climáticas já são consideradas uma pandemia (epidemia global), tendo em vista seu rápido crescimento e os extensos danos à saúde do planeta e, consequentemente, às populações em diversas regiões, indicando mortes associadas ao calor excessivo. O Brasil não está de fora dessa, infelizmente. Temos sofrido com ondas de calor em diversas regiões do país, com temperaturas que ultrapassam os 40ºC.


Convidamos a especialista Aline Veroneze de Mello Cesar, Doutora e Mestra em Ciências pelo Programa de Nutrição em Saúde Pública e Professora do curso de Nutrição no Centro Universitário Internacional UNINTER, para compartilhar informações essenciais sobre como proteger sua saúde durante as ondas de calor e as mudanças climáticas.


Como podemos fazer para nos protegermos?


A proteção em relação à exposição solar na região da cabeça e do pescoço é o primeiro ponto de extrema importância, de modo a se evitar a insolação. A temperatura corporal ultrapassa os 40 °C e o cérebro sofre de disfunção. Como um dos primeiros de seus sintomas, temos a dor de cabeça, ocasionada devido ao aquecimento anormal e inflamação das meninges, podendo evoluir para confusão mental e desorientação, além de convulsões.

"Esta é uma condição que pode ser fatal, devido ao aumento rápido da temperatura corporal, sem tempo de reação do organismo para resfriar e manter a temperatura normal, devido a falhas no processo de transpiração", acrescentou Aline Veroneze de Mello Cesar.

Como causas dessa falha, podemos destacar, além da exposição excessiva ao sol, baixa umidade relativa do ar, a prática de atividades físicas muito intensas e a falta de hidratação.


Por isso, é importante ficar sempre atento à previsão do tempo e aos alertas enviados pelo seu município. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é responsável por fazer estes alertas de ondas de calor, que são classificadas por cores:

  • Amarelo: Risco Moderado - situação meteorológica potencialmente perigosa;

  • Laranja: Risco Alto - situação meteorológica perigosa;

  • Vermelho: Risco Muito Alto - situação meteorológica de grande perigo.

Por exemplo, para determinar a quantidade adequada de água a ser consumida diariamente, você pode multiplicar seu peso em quilos por 35. Se você pesa 60 quilos, o consumo diário recomendado de água é de 2 litros e 100 ml. No calor, essa necessidade pode aumentar, então observe os sinais de desidratação e aumente o consumo, se necessário.

Aline Veroneze de Mello Cesar, Doutora e Mestra em Ciências pelo Programa de Nutrição em Saúde Pública e Professora do curso de Nutrição no Centro Universitário Internacional UNINTER
Foto: Rodrigo Leal

Portanto, não espere até sentir sede para se hidratar. Caso tenha dificuldade em consumir água, opte pela versão saborizada, incluindo folhas de hortelã e manjericão e/ou rodelas de limão e laranja, por exemplo. Outra dica é manter sempre próximo uma garrafa ou copo. Nas ondas de calor, você também pode consumir água de coco para repor sais minerais e sucos de frutas. Evite o consumo de bebidas alcoólicas, pois podem provocar desidratação, especialmente em excesso. Por fim, priorize o consumo de alimentos frescos e leves, como frutas, verduras e legumes (saladas e sopas frias), devido à presença de água, vitaminas e minerais.


Para aprofundar nossa compreensão sobre como as mudanças climáticas afetam nossa saúde e outras medidas que podemos tomar para nos proteger, acesse o Portal de Notícias do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).



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