Grupo de Cajazeiras desenvolve trabalho de metarreciclagem

Foto: Reprodução/Coletivo JACA

Você sabe para onde vai o seu lixo eletrônico? Ao descartar no lixo comum aquele mouse ou computador que não funciona mais estamos contribuindo para a degradação do meio ambiente.

Segundo dados divulgados pela The Global E-waste Monitor 2020, da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico foram produzidas no mundo em 2019. Com o advento da pandemia da Covid-19, esse número é ainda maior devido ao crescimento da utilização de produtos eletrônicos, como celulares, TVs e computadores.

Pensando em uma destinação correta e visando o desenvolvimento cultural, social e tecnológico da comunidade, o grupo Juventude Ativista de Cajazeiras (JACA) desenvolve um trabalho voltado para a metarreciclagem.

“A gente recebe resíduos tecnológicos inservíveis, desde computador, celular, impressora, qualquer resíduo eletrônico. Fazemos uma triagem e vemos o que presta e o que não presta”, disse Cairo Costa, diretor do JACA.

Os computadores são revendidos a custos acessíveis e beneficiam pessoas de baixa renda, possibilitando o estudo e trabalho desse público de forma remota. Dos itens recebidos, nada é desperdiçado.

“Conseguimos montar um outro computador utilizando o HD de um, a memória de outro e depois vendemos. O que não dá, criamos produtos sustentáveis, desde ventiladores com os motores a lixeiras com monitor de tubo. Vamos criando outros produtos do tipo”.

Segundo Cairo, as placas e outros componentes inutilizáveis para a recuperação e reciclagem são vendidos para cooperativas que detém a tecnologia de extração de ouro e outros microcomponentes eletrônicos. As vendas são revertidas para a manutenção do projeto e aplicação em trabalhos sociais do Coletivo JACA.

O grupo Juventude Ativista de Cajazeiras (JACA) atua no bairro de Cajazeiras V e, além da metarreciclagem, desenvolve projetos socioculturais voltados para os jovens dos bairros de Cajazeiras e adjacências.