O filme biodegradável, criado por estudantes do Instituto Federal Baiano, promete prolongar a vida útil da carne bovina nas prateleiras dos supermercados
Um grupo de estudantes do Instituto Federal Baiano (IF Baiano), liderado pela professora Normane Mirele, desenvolveu um filme biodegradável que pode prolongar a vida útil da carne bovina nas prateleiras dos supermercados. O produto, criado no Laboratório de Bromatologia do IF Baiano, Campus Guanambi, é feito a partir do amido de mandioca e resíduos de gelatina bovina.
O filme contém uma substância ativa, o extrato de ora-pró-nobis, que pode interagir com a carne bovina e reduzir sua oxidação lipídica ao longo dos dias de armazenamento.
"A carne bovina possui, naturalmente, na sua composição, teores de gordura. Essa gordura provoca, ao longo do tempo, o que chamamos de rancidez oxidativa. O ativo presente no filme é capaz de inibir a rancidez do produto, prolongando, portanto, a sua qualidade na prateleira", explica a coordenadora do projeto, Normane Mirele.
A solução criada pelas estudantes oferece uma alternativa para o mercado consumidor de carne, pois aumenta a vida útil do alimento na prateleira dos supermercados e reduz o impacto ambiental devido ao seu caráter biodegradável. O projeto é uma parceria entre o IF Baiano, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). A equipe é composta por Normane Mirele, Maria Elis Ferreira, tecnóloga em Agroindústria, e Jocilane Pereira, doutoranda em Engenharia e Ciência de Alimentos.
Reportagem: Pedro Felipe Silva e Kauan Amorim
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