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Foto do escritorVivaldo Marques

Dia Internacional da Mulher: empreendedorismo feminino no combate à violência de gênero

Sissi encontrou no empreendedorismo a força para combater à violência doméstica


Arte: Ronaldo Anunciação

O Brasil apresenta um alto índice de adolescentes grávidas. Dados do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), aponta que a taxa de gestantes adolescente com menos de 17 anos é de 57%. Apesar de um movimento de redução nos últimos anos, a maternidade na adolescência ainda está presente na realidade brasileira.


Claramente que é uma situação desfavorável, mas mesmo assim, essas mulheres "mães de família" têm demonstrado cada vez mais seu potencial inovador e a sua capacidade de se adaptar a mudanças.


O universo do empreendedorismo está cada vez mais presente na vida dessas mulheres bem-sucedidas. Elas também estão cada vez mais ocupando cargos de liderança, conciliando sua vida pessoal com a profissional.


Sissi Santos teve sua primeira filha aos 15 anos onde passou a cuidar interinamente de seu bebê, mas precisou interromper os seus estudos, pois vivia em um relacionamento abusivo onde o homem com quem se casou a mantinha em cárcere privado.


A psicóloga, Meire Queiroz, conta que infelizmente mulheres passam por situações como essa, pois existem diversos fatores envolvidos como a violência psicológica, dependência financeira e emocional.


Sissi ainda conta que o passo a passo para chegar a essa mudança de vida não foi nada fácil.

"Passei anos vivendo para a minha família, me casei 2 vezes e tive 3 filhos. Infelizmente perdi um deles para o câncer, onde lutamos por 07 anos contra a doença", disse.

Hoje com 42 anos, Sissi é empreendedora do ramo de beleza onde abriu uma barbearia, uma escola de barbeiros pra pessoas de baixa renda, tem um estúdio de massoterapia e esmaltaria, é administradora da própria empresa, presidente de um projeto social, massoterapeuta e está no último ano do curso técnico de enfermagem.


Mulheres são incrivelmente fortes e corajosas que equilibram a sua vida com a construção de seus próprios negócios. Elas enfrentam desafios únicos, desde a falta de tempo até a dificuldade em encontrar financiamento e a falta de suporte. No entanto, essas mulheres também têm uma visão clara, são resilientes e estão dispostas a trabalhar duro para alcançar seus objetivos.


O empreendedorismo não oferece apenas a essas mulheres uma fonte de renda, mas também proporciona um senso de realização e independência. Além disso, elas movimentam um impacto positivo nas economias locais e globais, ajudando a criar empregos e a promover o crescimento econômico.


Para ser uma mulher empreendedora bem-sucedida, é importante ter habilidades empresariais sólidas, incluindo habilidades financeiras, de marketing e de comunicação. Também é importante ter uma rede de apoio forte e cuidar de sua saúde mental e física. Com a combinação certa de habilidades, suporte e determinação, as mulheres podem superar os desafios e criar negócios bem-sucedidos que melhoram suas vidas e de suas famílias.


Denuncie violência contra a mulher - A Central de Atendimento à Mulher realiza atendimento por meio telefone 180. O serviço presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgão competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.


Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. - Trecho do Artigo 5º da Lei Maria da Penha.

Consulte a Lei Maria da Penha: LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.

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