Uma voluntaria de obras sociais, se emocionou ao declarar o pesar que sente ao ver o desespero dessas pessoas
Foto: Getty Imagens via BBC
A cidade de Salvador aparenta um numero maior de moradores de rua nesses últimos anos, apesar de não existir nenhuma estatística que comprove essa teoria, homens, mulheres e crianças são vistos com muita notoriedade sem nenhuma proteção para a Covid-19 e outras doenças.
Além de ser uma comunidade facilmente abertas a doenças virais, por suas condições de vida, as pessoas em situação de rua ainda são vitimas da fome.
Eveline Miranda, moradora do bairro da Fazenda Grande do Retiro, e voluntaria de obras sociais, se emocionou ao declarar o pesar que sente ao ver o desespero das pessoas que são vitimas da fome. Ao ser perguntada sobre como era a sensação de ajudar essas pessoas, ela disse sentir um “misto de sentimentos”, pois, ao mesmo tempo que se sentia feliz em ajudar, também era preenchida pela dor de não poder fazer além daquilo, mas, que sempre saia de lá com a sensação de “dever cumprido”.
Para falar sobre esse assunto, entramos em contato com o secretario municipal de promoção social, Combate à pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), Kiki Bispo, e ele garantiu que existem projetos na cidade voltados a assistência de pessoas em situações de rua.
“São distribuídas mascaras e são orientadas pela nossa equipe do serviço especializado de abordagem social sobre a importância do distanciamento social e dos cuidados para diminuir os riscos de contaminação do novo coronavírus”, disse.
O secretario da Sempre declarou que algumas medidas estão sendo tomadas para combater a fome e o aumento desse grupo nas ruas. Conforme ele aponta, “são distribuídas cestas básicas, refeições gratuitas nos restaurantes populares e o beneficio Salvador Por Todos. Para quem já está em situação de rua, a secretaria oferece vagas de acolhimento em hotéis sociais”.
Além das pessoas que já nascem em classe social muito baixa, existe um grupo de sem-teto que se encontra na situação devido à falta de emprego e oportunidades. Quanto a isso, Kiki Bispo afirmou que existem projetos para mudar essa realidade.
“Nos hotéis sociais existe uma estrutura e equipe técnica preparada para ajudar a pessoa a sair da situação de vulnerabilidade. O assistido só sai da unidade de acolhimento com o beneficio do auxilio aluguel para que deixem de serem moradores de rua. Além disso, estamos investindo em cursos de capacitação e fizemos uma parceria com o SIMM para oferecer vagas de emprego a essas pessoas, possibilitando a reinserção social e a reconstrução de autonomia”, pontuou.
Chuvas
Recentemente, muitas famílias perderam suas casas por causa dos deslizamentos de terra, causados pela chuva. Para minimizar isso, as escolas tornaram-se abrigos para essas pessoas, e muitas doações estão sendo feitas por toda a população. O objetivo principal é ajudar esse grupo a se reerguer e conseguir sobreviver com os recursos dado pela prefeitura e pelos moradores da cidade.
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