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Com recursos da Lei Aldir Blanc, artistas de Cajazeiras realizam sarau online


Foto: Reprodução | Coletivo JACA


Aprovada pela Câmara dos Deputados em junho de 2020, a Lei Aldir Blanc beneficia diversos artistas e profissionais da cultura. Ao todo foram destinados R$ 3 bilhões em recursos para apoiar os profissionais que sofreram com os impactos das medidas restritivas e do distanciamento social durante a pandemia da Covid-19. A lei leva o nome do escritor e compositor carioca que faleceu em maio do mesmo ano, vítima da doença.

Em Salvador, o Coletivo Juventude Ativista de Cajazeiras (JACA) foi beneficiado pelo programa, através do edital lançado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB). Marcos Paulo, artista visual e poeta, conta que o grupo adaptou sua rotina de trabalho durante a pandemia.

“Antes, éramos um grupo presencial e tínhamos um trabalho no qual reuníamos centenas de pessoas neste espaço, artistas de vários lugares. Com a pandemia, precisamos nos reinventar para esse universo virtual e isso exigiu de nós algum conhecimento técnico, desde a filmagem à transmissão pela internet, além de cumprir o distanciamento social”, disse.

Em março deste ano, o grupo apresentou em seu canal no YouTube o Sarau JACA de Poesia. O evento foi realizado sem público presente e contou com um número reduzido de artistas em cumprimento aos protocolos de segurança contra o novo coronavírus. Abordando o tema África, o coletivo faz um resgate do universo poético e musical afro-brasileiro. A apresentação se estende de forma cronológica pela história, dividindo-se em quatro blocos: África, Nordeste, Hip Hop e Afro-futurismo.

O Sarau África é uma produção dos artistas Cairo Costa, Luar Vieira, Marcos Paulo, Marivaldo Gomes, Makito Santos, Rilton Jr, Sérgio Novaes e Vagné L., todos moradores do bairro de Cajazeiras.

O Coletivo JACA

Localizado no bairro de Cajazeiras V, o Coletivo JACA atua na promoção de arte e ciência aliado ao conhecimento ancestral popular, tendo como objetivo o desenvolvimento das potencialidades da juventude negra na periferia. Além disso, são desenvolvidas ações sociais direcionadas aos jovens do bairro de Cajazeiras e adjacências como oficinas de arte, debates sobre racismo, questões de gênero, direitos humanos e oficinas voltadas para pesquisa e criação com lixo tecnológico, montagem, remontagem ou reaproveitamento de resíduos eletrônicos através da metarreciclagem.

Na Arte, o grupo possui forte atuação na produção de arte visual, caravanas culturais, saraus de poesia, eventos literários e musicais, exposição de arte, capoeira de angola focado no cooperativismo, na solidariedade e na resistência da comunidade negra.

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