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A propagação da Covid-19 no Brasil fez com que a população entrasse em quarentena, decretada pelos governantes estaduais em meados de março de 2020. Diversas pessoas tiveram que se adaptar, entre elas os estudantes do Ensino Superior de educação que foram introduzidos a um novo formato de aprendizagem, as aulas remotas.
Surgindo como uma alternativa para reduzir os impactos negativos no processo de aprendizagem, as aulas remotas são atividades de ensino mediadas pela tecnologia, mas também se orientam pelos princípios da educação presencial.
As aulas virtuais sempre ocorrem no mesmo horário em que as presenciais aconteciam, através de uma plataforma que permite transmissão ao vivo e disponibilização de material.
Para Queisy Souza Medeiros, estudante de teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que retornou às aulas do seu curso através do modo remoto em março de 2021, esse formato vem surpreendendo positivamente em algumas questões, porém ela pontua que muitas coisas precisam ser mudadas.
“Tem coisas que eu acho que perdemos, principalmente falando do meu curso, que é teatro, estando nesse lugar remoto onde não temos possibilidade de estar fisicamente experimentando a partir do nosso contato corporal”.
Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), sobre as atividades remotas na educação durante a pandemia, mostra que não tem sido fácil essa adaptação. 67% dos alunos se queixam de dificuldades em organizar e estabelecer uma rotina diária de estudos.
Além de dificuldade na elaboração de trabalhos em grupo, complicações na conexão de internet e falta de concentração são alguns dos problemas relatados por Aurélio Leal dos Santos, estudante de comunicação social da rede UniFTC.
“Não dá para interagir com todos como era no ensino presencial, definíamos as coisas com mais objetividade. No ensino remoto a nossa comunicação se restringe as redes sociais e ligação, isso às vezes demanda um tempo de resposta muito longo”, contou.
No ano de 2021 reduziram-se as matrículas nas faculdades privadas de Salvador. Segundo levantamento da Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior (Abames), em comparação com o início de 2020, a queda no número de alunos é de 25%.
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