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Apicultores aprendem a produzir cera de abelha na Bahia

Os participantes têm o compromisso de replicar o que aprendem em suas associações, despertando os demais para o potencial da produção de cera e fortalecendo a atividade apícola como um todo


Foto: Acervo Bracell

Tem algo significativo para o setor apícola acontecendo na Bahia: é a produção de cera de abelha que o projeto Polinizadores, realizado pela Bracell, está estimulando no estado. As atividades do Projeto Polinizadores na Bahia reúnem produtores que representam mais de 100 apicultores dos municípios de Alagoinhas, Entre Rios, Esplanada, Inhambupe, Mata de São João e Ouriçangas.

"A qualificação neste segmento é uma das ações que integram a iniciativa, que realiza desde o cadastramento dos apicultores que atuam nas áreas da companhia até o georreferenciamento das caixas de abelhas, a implantação de núcleos de criação de abelhas-rainha e o oferecimento de workshops para os produtores", explica Amanda Quenupe, especialista em Responsabilidade Social da empresa.

Segundo Ediney Magalhães, parceiro técnico da Bracell no projeto, muitos apicultores pensam que é impossível ou muito difícil conciliar a produção de cera com a de mel e própolis. Com o conteúdo teórico e prático, o curso mostra o contrário: que a atividade é compatível com outras, gerando economia e ganhos extras para os produtores. Foi o que os participantes puderam comprovar em uma propriedade rural em Riacho da Guia, no município de Alagoinhas, onde ocorreu a segunda etapa do curso.

"Na primeira etapa, colocamos cera nas colmeias e alimentamos as abelhas. Agora, vamos extrair o pseudo-mel, obtido a partir do xarope de água com açúcar colocado nas caixas de abelhas para induzir a produção inicial de mel, e derreter a cera para ver quantos quilos foram produzidos. E aí não para mais", informa o agrônomo.

O curso em andamento, que terá duração de 10 meses e ocorre em paralelo com outras atividades do projeto, orienta os produtores sobre como obter a cera para uso nos próprios apiários, evitando a necessidade de comprar a chamada cera alveolada, que é introduzida na colmeia para servir de guia para as operárias construírem os favos. Eles poderão, no futuro, comercializar o excedente para indústrias de cosméticos, medicamentos, dentre outras, destaca Ediney, salientando que, em média, o quilo do produto custa R$ 80.


O Projeto Polinizadores contribui para o desenvolvimento da apicultura nos estados da Bahia e de São Paulo. Por meio dele, a empresa autoriza produtores credenciados a manejarem apiários em suas áreas de preservação ambiental de modo a aproveitar a florada silvestre nestes locais. Somente em 2021, a iniciativa contou com mais de 330 apicultores nos dois estados, movimentando uma renda superior a R$ 1 milhão.

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