Foto: Reprodução Wix
Estudos apontam que as mídias sociais são as grandes responsáveis pela falta de atenção dos jovens. Com o contato cada vez maior das crianças e adolescentes com a internet, os veículos de comunicação de fato podem ser um problema no que diz respeito a educação.
É comum encontrarmos redes sociais voltadas para crianças, que já nascem sendo expostas ao mundo digital por pais e familiares. Durante o desenvolvimento desse novo indivíduo, o contato exagerado com as mídias levam a falta de atenção e dificuldade de se envolver em relacionamentos reais.
A professora do ensino médio, no Colégio Estadual Professor Edson Carneiro, Adriana Medeiros (46), trouxe um argumento que tanto favorece quanto desfavorece o uso das redes sociais:
"Acredito que a interação excessiva em redes sociais pelos jovens, principalmente de crianças e adolescentes, pode ser um problema no que diz respeito às expectativas criadas por um mundo muito longe do real, onde a aparência é supervalorizada e todos estão sempre bem."
O argumento da professora é validado por inúmeros estudos, que de fato ressaltam essa situação, quanto ao ensino, Adriana Medeiros ressalta que:
"Quando utilizadas com orientação dos pais e supervisão dos mesmos, pode ser também um instrumento que auxilie no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo a interação com um mundo sem horizontes que seria difícil alcançar fora do ambiente virtual".
Psicólogos também abordam a questão relacionada ao desenvolvimento dos jovens. A Psicóloga Hevellim Carolaine, que trabalha no âmbito educacional na cidade de Barbosa Ferraz – PR, trouxe para essa entrevista um pouco mais sobre:
"Na psicologia escolar estamos estudando muito isso e vemos que o uso do celular em sala aumentou, por isso novas regras passaram a ser colocadas em prática."
A Psicóloga abordou em sua fala sobre o âmbito familiar, informando que o uso das redes sociais depende muito do convívio com a família. "Como estou na prática com pais e alunos, percebi que quando os pais são presentes na vida escolar do filho, a tecnologia não interfere tanto no desenvolvimento, mas quando não, o uso das redes sociais e os jogos, vem atrapalhando o desenvolvimento do aluno tanto em sala de aula, como em casa."
O que pais e alunos têm a dizer dessa situação?
Os pais, na maioria das vezes, são os maiores responsáveis pelo uso precoce das redes sociais na vida dos jovens. Dada a correria da vida pessoal, trabalho, cuidados com a casa e afins, às vezes, a grande solução é colocar o celular na mão da criança e deixar que se distraia com as redes.
Alma Floria, funcionária pública e mãe de duas meninas em fase escolar, aborda a situação como um todo, dizendo que “em parte, tem momentos que atrapalha. Os jogos, tem uma grande influência. Em outra já ajuda, com as pesquisas, aplicativos de estudos e comunicação”. No caso da mais nova, de dez anos, a mãe continua “tem dias que ela estuda emburrada, mas quando termina a aula e vai jogar a expressão é outra, bem feliz”.
Alunos mais velhos, que já possuem discernimento no que diz respeito ao futuro e ao uso das mídias sociais, conseguem trazer uma visão diferenciada do assunto. A exemplo do jovem, Crisley Wendel (18), estudante do Colégio Estadual Professor Edson Carneiro, que vê os dois lados da situação, diz que:
“De ambas as formas, creio que o plano inicial era ajudar no desempenho dos alunos, porém acabou complicando a situação ao mesmo nível."
O estudante ainda ressalta o despreparo de alguns professores no uso das mídias sociais para o aprendizado: "Já que é tudo muito novo tanto para eles quanto para nós. Os alunos também muitas das vezes não conseguem acompanhar o ritmo das mídias, ou seja, por problemas em relação a internet, ou até mesmo a falta dela, dificultando o processo de ensino".
É importante usar as mídias sociais como divertimento e até como aprendizado, porém de uma forma leve e fluída, pois tudo que é feito com exagero causa problemas na vida do ser humano, se esse ser humano está em desenvolvimento é preciso saber ainda mais como usar.
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